On Lenin's 155th birthday: the importance of his work and the relevance of his thought

April 22, 2025 

Vladimir Ilyich Lenin, the leader of the October Revolution of 1917 and of the first Socialist State, the Union of Soviet Socialist Republics, was born on April 22, 1870. To mark the 155th anniversary of his birth and to recall his role and that of his Party in the emancipatory struggle of the workers and peoples of the whole world is a duty of remembrance, but it is above all a cause for inspiration and confidence in the present-day struggle for the revolutionary overcoming of Capitalism, against Imperialism and against war, for democracy, social progress, peace and Socialism. 

In evoking Lenin we recall that the founding of the PCP with its revolutionary goals, being the creation of the Portuguese workers' movement, owes much to Lenin and to the impact in Portugal and throughout the world of the first victorious Socialist revolution. 

In evoking Lenin, we stress the current relevance of the revolutionary theory which guided his “Bolshevik” party in the insurrection that overthrew Czarism and led to the conquest of power by the alliance of workers and peasants. A theory that explains the world and indicates how to transform it and which, having been founded by Marx and Engels, went down in history as Marxism-Leninism as a result of its creative development by Lenin in the epoch of Imperialism. 

In evoking Lenin we recall the determination, courage and creativity with which he faced the greatest obstacles on the path of revolution and his boundless confidence, even at times when all seemed lost, in the strength of the struggle by the workers and the masses of the people and in the vanguard role of the Communist Party.

In evoking Lenin we evoke his steadfast class position and his firm struggle against both right opportunism and left dogmatism, always identifying the enemy and the main task at every phase and stage of the struggle, and defining the corresponding alliances or convergences of the working class, even if limited and transient, without ever losing sight of the supreme goal of building a society without exploiters or exploited people. 

In evoking Lenin we recall the consistent internationalist, the uncompromising fighter against Imperialism and against war, the founder of the world Communist movement with the creation of the Third International, the Communist International, and the historical contribution of the October Revolution, with the example of the Soviet power’s first achievements, to the working-class movement in the capitalist countries and to the National Liberation Movement. 

In evoking Lenin we are evoking the creator of the first revolutionary Party of a “new type” which, based on a Marxist analysis of the specific situation of Czarist Russia and, on the world level, of the highest stage of Capitalism, was the clear-sighted interpreter of the most heartfelt aspirations of the working masses, first of all peace and land, and became the vanguard that led them to power. 

Lenin bequeathed to the workers and peoples of the whole world a lofty example of life and a unique body of work that was written in the heat of the struggle and which aimed, with a concrete analysis of the concrete situation, to respond to the issues in the development of the struggle itself. Among others, works such as "What is to be done?”, “Two tactics of Social-Democracy in the Democratic Revolution”, “ ‘Left-wing’ Communism: an infantile disorder”, “Materialism and Empirio-criticism”, “The State and Revolution”, "Imperialism, the highest stage of Capitalism", when read and studied taking into account their historical context, continue to be factors of inspiration for the struggle today. Lenin's life and work contains experiences and lessons of universal value. 

Of course, the USSR, the workers’ and peasants' State founded by Lenin, no longer exists. But this immense leap backwards in the liberating process does not erase the reality that the great civilizational advances of the Twentieth Century are indissolubly linked to the October Revolution – those “Ten days that shook the world” –, to its unprecedented achievements and to the role of the Soviet Union in international affairs, in which looms large the victory over Nazi-fascism, whose 80th anniversary is celebrated this year. Nor does it call into question the possibility and necessity of Socialism. On the contrary. Capitalism’s deepening structural crisis and the immense dangers arising from the attempts by Imperialism to reverse its declining influence on the world stage objectively make the revolutionary overcoming of Capitalism more necessary and relevant than ever. 

The memory of Lenin urges us to persevere courageously in the struggle for a society of equality and social justice, to rely on the invincible strength of the struggle of the workers and the people, to kindle the strengthening of the Party and of its links with the masses, to foment the struggle against militarism and war, and to contribute to the necessary strengthening of the world Communist and revolutionary movement and of the anti-imperialist front. 

Giving continuity to Lenin’s momentous legacy, the PCP remains confidently and deeply committed to the struggle to defend the rights, interests and aspirations of the workers and people of Portugal, for a break with right-wing policies, for a patriotic and left-wing alternative that may pave the way to solving the country's problems, for an advanced democracy with the values of April in the future of Portugal, for Socialism and Communism. 

https://www.pcp.pt/en/lenins-155th-birthday-importance-his-work-and-relevance-his-thought

No 155.º aniversário de Lénine: O valor da sua obra e a actualidade do seu pensamento

22 Abril 2025 

Vladimir Ilitch Lénine, o dirigente da Revolução de Outubro de 1917 e do primeiro Estado socialista, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, nasceu em 22 de Abril de 1870. Assinalar o 155º do seu nascimento e lembrar o seu papel, com o seu partido, na luta emancipadora dos trabalhadores e dos povos de todo o mundo, sendo um dever de memória é sobretudo motivo de inspiração e de confiança para a luta na actualidade pela superação revolucionária do capitalismo, contra o imperialismo e contra a guerra, pela democracia, o progresso social, a paz e o socialismo. 

Ao evocar Lénine recordamos que a fundação do PCP, com os seus objectivos revolucionários, sendo criação do movimento operário português, deve muito a Lénine e à projecção em Portugal e em todo o mundo da primeira revolução socialista vitoriosa. 

Ao evocar Lénine, sublinhamos a actualidade da teoria revolucionária que guiou o seu partido “bolchevique” na insurreição que derrubou o czarismo e conduziu à conquista do poder pela aliança de operários e camponeses. Teoria que explica o mundo e indica como transformá-lo e que, fundada por Marx e Engels, passou à história como marxismo-leninismo, em resultado do seu desenvolvimento criativo por Lénine na época do imperialismo. 

Ao evocar Lénine evocamos a determinação, a coragem e a criatividade com que enfrentou os maiores obstáculos no caminho da revolução e a sua ilimitada confiança, mesmo nos momentos em que tudo parecia perdido, na força da luta dos trabalhadores e das massas populares e no papel de vanguarda do partido comunista. 

Ao evocar Lénine evocamos a sua sólida posição de classe e o seu firme combate tanto ao oportunismo de direita como ao dogmatismo esquerdista, distinguindo sempre o inimigo e a tarefa principal em cada fase e etapa da luta, e definindo as correspondentes alianças ou convergências da classe operária, mesmo que limitadas e transitórias, sem nunca perder de vista o objectivo supremo da construção de uma sociedade sem exploradores nem explorados. 

Ao evocar Lénine evocamos o internacionalista consequente, o intransigente lutador contra o imperialismo e contra a guerra, o fundador do movimento comunista internacional com a criação da III Internacional, a Internacional Comunista, e o contributo histórico da Revolução de Outubro e do exemplo das primeiras realizações do poder soviético para o movimento operário nos países capitalistas e para o movimento de libertação nacional.  

Ao evocar Lénine evocamos o criador do primeiro partido revolucionário “de novo tipo” que, com base na análise marxista da peculiar situação da Rússia czarista e, no plano mundial, da fase superior do capitalismo, foi o lúcido interprete das mais sentidas aspirações das massas trabalhadoras, a começar pela Paz e pela Terra, e se tornou na vanguarda que as conduziu ao poder. 

Lénine legou aos trabalhadores e aos povos de todo o mundo um elevado exemplo de vida e uma obra ímpar escrita no calor da luta e visando, com a análise concreta da situação concreta, responder aos problemas do desenvolvimento da própria luta. Entre outras, obras como “Que Fazer?”, “Duas tácticas da social-democracia na revolução democrática”,”O esquerdismo, doença infantil do comunismo”, “ Materialismo e Empiriocriticismo”, “O Estado e a Revolução”, “O imperialismo, fase superior do capitalismo”, lidas e estudadas tendo em conta o seu contexto histórico, continuam a ser factores de inspiração para a luta nos dias de hoje. A vida e a obra de Lénine encerram experiências e lições de valor universal. 

É certo que a URSS, o Estado de operários e camponeses fundado por Lénine já não existe. Mas esse imenso salto atrás no processo libertador, não apaga a realidade de que os grandes avanços civilizacionais do século XX estão indissoluvelmente ligados à Revolução de Outubro – esses “Dez dias que abalaram o mundo” –, às suas inéditas realizações e ao papel da União Soviética na vida internacional, em que avulta a Vitória sobre o nazi-fascismo cujo 80º aniversário este ano se comemora. Nem põe em causa a possibilidade e necessidade do socialismo. Pelo contrário. O aprofundamento da crise estrutural do capitalismo que aí está e os imensos perigos que resultam das tentativas do imperialismo para inverter o declínio da sua influência no plano mundial, tornam objectivamente mais necessária e actual do que nunca a superação revolucionária do capitalismo. 

A memória de Lénine incita-nos a persistir com coragem no combate por uma sociedade de igualdade e de justiça social, a confiar na força invencível da luta dos trabalhadores e do povo, a cuidar do reforço do Partido e da sua ligação às massas, a desenvolver a luta contra o militarismo e a guerra e a contribuir para o necessário reforço do movimento comunista e revolucionário internacional e da frente anti-imperialista. 

Dando continuidade ao imenso legado de Lénine, o PCP continua com confiança e profundamente empenhado na luta em defesa dos direitos, interesses e anseios dos trabalhadores e povo do português, pela ruptura com a política de direita, por uma alternativa patriótica e de esquerda capaz de abrir caminho à resolução dos problemas do País, pela democracia avançada com os valores de Abril no futuro de Portugal, pelo socialismo e o comunismo. 

https://www.pcp.pt/no-155o-aniversario-de-lenine-valor-da-sua-obra-actualidade-do-seu-pensamento